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sexta-feira, 3 de outubro de 2025
terça-feira, 21 de novembro de 2023
CONVITE
CONVITE
A Academia Muzambinhense de Letras convida a todos(as) para a solenidade de diplomação e posse de Tarcísio de Souza Gaspar, historiador/escritor, como membro efetivo e titular da cadeira de nº 18 da AML, que ocorrerá no dia 30 de novembro de 2023, às 20 horas, na sede da AML, na Rua Prof. Salatiel de Almeida nº 88, Sala 11, Centro.
quinta-feira, 2 de novembro de 2023
DESAFIO DAS CRÔNICAS
VISITA DO ANJO DA GUARDA
Acadêmico José Nário
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
EVENTO DE FORMALIZAÇÃO DE CESSÃO DE SALA SEDE DA AML
No dia 11 de agosto de 2023, na sede da Academia Muzambinhense de Letras - AML, reuniram-se membros da instituição com o Diretor do IF Sul de Minas - Campus Muzambinho - Professor Doutor Renato Aparecido de Souza, acompanhado da Professora Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder, Diretora de Desenvolvimento Educacional, com finalidade de formalização da cessão da sala do edifício do IF localizado na Rua Prof. Salatiel de Almeida, nº 88, Sala 11, Centro.
A AML foi representada no ato pela Presidente Maria Ignêz Bócoli Martins e pelo Tesoureiro José Roberto Del Valle Gaspar, firmantes do Termo, bem como pelos acadêmicos(as) Paulo Dipe, Zilda dos Reis Rios, José Nário de Fátima Silva e Lucia Cardoso Vieira Oliveira.
O evento foi prestigiado com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Muzambinho Roosevelt Pereira de Paula, pelo Vice-presidente Marco Antônio Ferreira, e pelo Primeiro-secretário Gilmar Martins Labanca.
Presentes o Presidente do Núcleo Permanente de Estudos Ambientais Prof. Marcos Navarro Miliozzi, e a Professora Neiva Maria Salomão, incentivadores da AML.
A reunião contou com participação de turma de quinto ano da Escola Municipal Frei florentino, dirigidos pela professora Neiva.
Paulo Dipe, Acadêmico, como sempre, deu um show, com performance vestido de Frei Florentino, personagem de peça teatral 'Pedras no Caminho', do grupo de teatro 'Oficina do Ato'.
O Professor Marcos Navarro Miliozzi, dentro da sua competência escolar e do ambientalismo, discorreu sobre a verdade e a necessidade de conservação das águas, diante dos alunos quintanistas.
A cessão da sala foi resultado de atuação de várias pessoas, destacando-se a atuação inicial do saudoso Acadêmico Trindade Escudero e do Acadêmico José Roberto Del Valle Gaspar, e, mais recente, da Acadêmica Lúcia Cardoso Vieira Oliveira, do Vereador Gilmar Martins Labanca, e da Professora Neiva Maria Salomão.
O evento também fez parte do Festival Literário de Muzambinho - FELIM -, que aconteceu de 7 a 12 de agosto de 2023, organizado por um grupo independente, produzido por Tânia Aparecida da Silva Rodrigues, com grande sucesso de público.
Seguem fotos do evento, da jornalista Valéria Vilela:
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
MUZAMBINHO: “UM BOM LUGAR”
A
maior
parte das nascentes d’água de Muzambinho, estão localizadas na
região que limita os estados Minas Gerais/S. Paulo. As nascentes
formam muitos regos d'água
que
existem na extensa Serra de São Mateus. Do lado de cá, em direção
a cidade são águas que sustentam a Bacia do Rio Grande. Do lado de
lá da Serra, as
águas
correm para o estado de São Paulo, contribuindo com a bacia do Rio
Pardo. Centenas de olhos d'água
formam
pequenos regos d'água, que vão aumentando de volume e viram bem
caipiramente "corgos".
Alguns passam a ter nomes de bichos, de gente e de santos... conforme
inspirações ou de acontecimentos regionais. Por exemplo, existe
aqui no município o Córrego da Onça,
Córrego
da Prata sendo esse talvez o maior e mencionado poeticamente por
Uriel Tavares. Córrego do Pinhal… Lavapés,
dos
Alves,
dos Turcos... etc. Os filetes d’água que inicialmente desceram
sobre pedras chegaram até a baixada arenosa no pé da Serra. Ali,
árvores mais apropriadas à região vão formando "matas
ciliares”, para, entre outras funções ecológicas, protegerem
melhor os córregos. Em troca as águas contribuem umedecendo o solo
onde as árvores estão. Beirando as águas
ficam as belas e fortes folhagens de capituvas
envolvendo misturadas a pequenos arbustos entrelaçados a cipós
e trepadeiras, assim,
protegem e produzem pequenas sementes e frutos para peixes, sapos,
caramujos, conchas. Pequenas pedras roladas no fundo do leito formam
um ambiente aquático bem diferenciado do anterior lá na serra
pedregosa. Acompanhando mais um pouco a trajetória
das águas, obviamente pelo declive de 1.100 metros a
mais ou menos 800 metros... durante o percurso pelo município formam
as várias pararacas, que anunciam estar próximo às cachoeiras…
Após as águas terem corrido cinquenta quilômetros na forma de
pequenos rios, elas se encontram lá no bairro Barra Bonita, formando
todas juntas o Rio Muzambo, que foi assim batizado pelos escravos
foragidos da escravidão da região de Varginha, Campanha, Lavras...
etc. Eles desceram provavelmente pelos Rios Verde e Sapucaí, em
pequenos grupos, aos poucos vieram
caminhando pelas margens outras vezes nadando
até encontrarem rios menores difíceis
de navegar. Batizaram um deles com nome: MUZAMBO. Na língua
africana(lá deles) significa "bom lugar".
Por
aqui na região de Muzambinho, hoje, segundo vários estudos
publicados por pesquisadores, aquelas pessoas que desejavam liberdade
ficaram morando aqui por ser longe dos grandes rios navegáveis por
onde passavam seus perseguidores os terríveis "Capitães do
Mato".
Assim,
na região, vários pequenos povoados
foram aos poucos sendo construídos, mas não chegaram a ser um
Quilombo. Angolinha, Moçambo, Mocambinho são nomes que sugerem ter
sido
colocado por gente que viveu procurando LIBERDADE!
Carlão
Coimbra
quinta-feira, 28 de julho de 2022
segunda-feira, 25 de julho de 2022
BERÇO DA VIDA
BERÇO DA VIDA
Parece tão simples viver. Quantas vezes pensamos que fazemos parte de um fenômeno natural?
As regras básicas para a proteção dos que vivem são inicialmente fornecidas pelo instinto. Para quem mora no mato uma folha que cai tem significado. Para quem não conhece onde esta uma folha ou uma árvore não significa nada… lembrando a música de Gonzaguinha: “Somos eternos aprendizes” para um dia sermos “Os cuidadores do planeta”. O processo é longo e devemos estar atentos.
Uma espécie de árvore “descansa” enquanto outras começam a produzir seus frutos.
Escolhi como exemplo esse quadro ambiental bem comum para iniciarmos uma conversa sobre biodiversidade, assunto que me atrai muito.
Sempre estou aprendendo com José de Itabira, Pedro H. Varoni, José R. Del Valle e muitos outros... eles sabem que me encanto com árvores, com bichos, águas, noites, luas, sol, ventos… nuvens… e gente também, claro…
Quando menino eu observava que as penas que caiam das aves, não eram iguais, embora fossem da mesma espécie de pássaro. Fiz coleção delas. Todas eram muito parecidas mas eram diferentes… eu percebia detalhes. Precisavam ser diferentes porque elas tinham as funções específicas para os pássaros… não apenas para ele voar, mas também para proteção, beleza, atração, camuflagem, agasalho… Ontem encontrei uma folha de goiabeira no chão, depois outra e outra, nenhuma das cinquenta que examinei eram iguais, apenas semelhantes. as formas da natureza são harmônicas e essa harmonia acontece pelas diferenças que são as vezes marcantes, outras vezes muito sutis, são quase imperceptíveis. Tudo igualzinho não é bonito, nem equilibrado e nem produtivo. Muito menos estável... ainda bem que a natureza não produz nada iguai senão, nós não estaríamos aqui individualmente, somos frutos de pessoas diferentes (pai e mãe) e somos indivíduos(únicos).
As indústrias feitas pelo homem produzem em série, tudo igualzinho: sapato 42 tem milhões deles. Todos passaram por controle de qualidade para saírem iguais das maquinas iguais. Assim, o que fazemos industrialmente não é como a natureza faz. Árvores produzidas em laboratório são imitações grosseiras das naturais. Interessante que quando fazemos nossos pratos a recomendação é que a mistura deve ser mais nutritiva, do que apenas carnes ou só alface ou macarrão apenas…, embora a gente não perceba no dia a dia, lá no fundo, a nossa intuição estimula gostarmos da diversidade. Por isso não devemos adulterar a natureza, é mais fácil acompanhá-la e respeitá-la como sendo nossa professora. Por exemplo na natureza vemos cores (não é mesmo?), as cores que misturamos por conta própria num pedaço de papel nos encantam ou nos decepcionam. Mas na natureza sempre existe beleza na mistura que acontece. Mistura de sabores também nos atraem pelo paladar. A tentativa de criar sabores(industriais) não substituem os naturais. Por algum tempo usamos e depois enjoamos…
Somos filhos das diferenças, iniciando, pelo sexo masculino e feminino, vemos essa “ordem” também para os animais e vegetais. Observando o “comportamento” dos animais, dos vegetais, diante das temperaturas, no frio, no calor, na água e diante do fogo… Sei que alguns vão dizer que eu falei “o óbvio”. Sim, isso mesmo, eles não estão mentindo, nem errados estão, porque, se não viram até agora nenhuma novidade no que falei... eu direi então… que, eles têm razão… se ainda não perceberam que... na música apreciamos a “combinação” de diversas notas que o compositor conseguiu uma harmonia com notas diferentes…
Hoje nas maravilhas que a internet nos traz vemos um mundo que dá oportunidades para entender que a vida: “O Sopro de Deus” surgiu por existir boas condições de temperatura, pressão para continuar através de diferentes formas que fica assim ainda mais maravilhosa: temos um compromisso com a diversidade biológica que veio se adequando ao meio ambiente desde bilhões de anos até surgir o homem. Sem essa condição o sagrado Sopro de Deus não teria sido incorporado. Portanto não é novidade “somos frutos também da diversidade” (biodiversidade).
Por esse motivo devemos ser tolerantes com os diferentes desde que não comprometam o que pertence a todos, por exemplo as condições adequadas para a VIDA continuar. Obviamente falo de Gaia. O planeta vivo!
Carlão Coimbra.